sábado, 21 de abril de 2012

Trecho de O Livro dos Espíritos


O capítulo I do Livro III de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, 1
Os Espíritos superiores responderam a várias questões formuladas sobre a Lei Divina ou Natural, das quais destacaram:
614. Que se deve entender por lei natural?
“A lei natural é a Lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem.
Indica-lhe o que deve fazer ou não fazer e ele só é infeliz porque dela se afasta.”
615. A Lei de Deus é eterna?
“É eterna e imutável como o próprio Deus.”
621. Onde está escrita a Lei de Deus?
“Na consciência.”
647. Toda a Lei de Deus está contida na máxima do amor ao próximo, ensinada por Jesus?
“Certamente essa máxima encerra todos os deveres dos homens uns para com os outros. Mas é preciso mostrar a eles a sua aplicação, pois, do contrário,
deixarão de praticá-la, como o fazem até hoje. Ademais, a lei natural abrange todas as circunstâncias da vida, e essa máxima é apenas uma parte da lei.
Os homens necessitam de regras precisas; os preceitos gerais e muito vagos deixam muitas portas abertas à interpretação.”
648. Que pensais da divisão da lei natural em dez partes, compreendendo as leis de adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso,
igualdade, liberdade e, por fim, a de justiça, amor e caridade?
“Essa divisão da Lei de Deus em dez partes é a de Moisés, e pode abranger todas as circunstâncias da vida, o que é essencial. Podes, pois, adotá-la, sem que, por isso,
tenha qualquer coisa de absoluta, como não o têm os demais sistemas de classificação, que dependem do ponto de vista sob o qual se considere uma coisa.
A última lei é a mais importante; é por meio dela que o homem pode adiantar-se mais na vida espiritual, visto que resume todas as outras.”
Ao transcrever estas questões temos o propósito de motivar o estudo dessas Leis, que tratam dos assuntos relacionados à compreensão do comportamento humano,
fundamentais para a nossa evolução moral e intelectual e consequente libertação espiritual.
Tradução Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010