A PALAVRA DE
JESUS
No Seu semblante
havia o resplendor do sol. Algo havia em Sua pessoa que emprestava força às Suas
palavras.
Ele falava como
quem tinha autoridade. Autoridade sobre todos: Espíritos e
homens.
Ninguém que a Ele
se comparasse. Os oradores de Roma, de Atenas e de Alexandria eram famosos, mas
o jovem Nazareno era diferente de todos eles. E maior.
Aqueles possuíam a
arte que encantava os ouvidos. Quando Jesus falava, os que O ouviam deixavam
vagar o próprio coração por lugares antes nunca visitados.
Ele sabia falar de
forma adequada a cada um. Narrava parábolas e criava histórias como jamais
haviam sido narradas ou criadas antes Dele.
O Seu verbo
desencadeava-se ora doce, ora enérgico, tal como as estações primaveris e as
invernosas sabem se apresentar.
Falava das coisas
simples, que todos entendiam, para lecionar as Leis Divinas e arrebanhar os
Espíritos ao reino de Deus.
Suas histórias
começavam assim: Um semeador saiu a semear... E enquanto discursava, os que O
fitavam podiam assistir, à semelhança de prodigiosa tela mental, o homem, em
plena madrugada indo ao campo, e espalhando as sementes...
Ou então era assim
que falava: Um pastor contou seu rebanho, ao cair da tarde, e descobriu que
faltava uma ovelha.
E todos lembravam
a figura dedicada do pastor solitário, que passa em torno de nove meses, nos
campos, com seu rebanho.
Ao anoitecer,
coloca todas as ovelhas no aprisco, um abrigo de pedras, e ele mesmo se
transforma em porta viva, deitado atravessado na única saída,
protegendo-as.
Em Sua fala havia
um poder que faltava aos brilhantes oradores da velha Roma e da
Grécia.
Quando eles
pronunciavam seus discursos falavam da vida aos seus ouvintes. O Nazareno falava
da destinação gloriosa do ser, da vida que não perece nunca.
Eles observavam a
vida com olhos humanos apenas. Jesus via a vida à luz de Deus e assim a
apresentava.
Ele era como uma
montanha que se dirigia às planícies. Conhecia a intimidade de cada um e
individualmente atingia as criaturas, falando-lhes do que tinham maior
carência.
Ninguém que O
igualasse. Isto porque Jesus é maior do que todos os homens. Sua sabedoria vinha
diretamente do Pai, com quem comungava ininterruptamente. Por isso mesmo, por
mais de uma vez, expressou-Se afirmando: Eu e o Pai somos
um.
* *
*
Se Jesus é tão
grande e Sua mensagem tão clara, por que, apesar de mais de dois milênios
transcorridos, prosseguimos sem Lhe seguir os ensinos?
De que mais
carecemos para que nossas mentes despertem e nossos corações se afeiçoem ao
bem?
O tempo
urge.
Pensemos
nisso!
Redação do Momento
Espírita