O PAPEL DA
FAMÍLIA
A instituição da
família é universal.
Malgrado possua
diferentes conformações, marca presença em todos os lugares do
mundo.
Esse cunho de
universalidade indica que ela tem um papel a desempenhar, no concerto da
Criação.
Entretanto, é
comum a afirmativa de que a instituição familiar está em
crise.
Há quem diga que
família é bom apenas para visitar, de quando em quando.
Outros sustentam
que a família é algo lindo, mas somente no porta-retrato.
E realmente não é
possível ignorar que as maiores crises de relacionamento ocorrem no seio
familiar.
Muito
provavelmente é porque nesse meio é que muitos se permitem mostrar os próprios
defeitos, sem qualquer disfarce.
No ambiente
profissional, isso é notoriamente impossível.
Caso alguém se
mostre intolerante, preguiçoso ou arrogante, na seara profissional, sofrerá
sérias consequências.
Se não perder o
emprego, terá dificuldades para fazer a carreira avançar.
No meio social,
também, todos procuram domar seus vícios, a fim de serem bem
vistos.
O interesse ou a
necessidade levam ao burilamento forçado do comportamento, nesses
ambientes.
Como ninguém é
obrigado a nos tolerar, no trabalho ou na sociedade, torna-se necessário algum
esforço para ser agradável.
Já em família
muitas vezes não há o mesmo interesse em tornar afável a própria
personalidade.
Muitas pessoas são
generosas com meros conhecidos ou com completos estranhos mas se revelam
mesquinhas com os parentes.
Ante tão estranho
quadro, surge a dúvida quanto ao papel da família.
Na verdade, a
família representa uma escola, na qual se aprende a amar.
Jesus afirmou que
toda a Lei Divina resume-se em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo
como a si mesmo.
Consequentemente,
a prática dessa Lei pressupõe aprender a amar.
O Cristo é nosso
Maior e mais Sublime exemplo de Amor.
Ele ama a
Humanidade toda, embora os inúmeros defeitos que ainda nos
caracterizam.
O Mestre afirmou
que somos todos ovelhas de Seu rebanho e que nenhum de nós se
perderá.
Malgrado nossa
indigência espiritual, Ele cuida de cada um de nós, com a ternura de um pai
extremado.
Por certo, ainda
somos incapazes desse amor universal e incondicional.
Mas, é no ambiente
familiar que damos os primeiros passos nessa arte que é o
amor.
No lar, ligamo-nos
por fortes laços com pessoas possuidoras dos mais diferentes
caracteres.
Temos afinidades
com alguns, mas outros apenas nos irritam.
Essa mistura
heterogênea de personalidades não deixa de ser explosiva.
Mas como não é
possível deixar de ser filho ou irmão de alguém, a convivência vai gradualmente
aparando as arestas.
Assim, é
importante esforçar-se para amar e conviver com a própria
família.
Procurar
mostrar-se generoso e compreensivo com os defeitos e as diferenças dos
familiares.
Domar os próprios
vícios, de molde a tornar a própria presença leve e benfazeja aos
parentes.
Compreender,
finalmente, que a vida é uma escola e que a família é a nossa sala de
aula.
A Divindade nos
coloca no seio da família para que aprendamos a sublime lição do amor
fraternal.
Pensemos
nisso.
Redação do Momento
Espírita