sábado, 28 de abril de 2012

Humanidade Real


HUMANIDADE REAL
"... Eis o Homem!" – Pilatos.
(João, 19:5.)
Apresentando o Cristo à multidão, Pilatos não designava um triunfador terrestre...
Nem banquete, nem púrpura.
Nem aplauso, nem flores.
Jesus achava-se diante da morte.
Terminava uma semana de terríveis flagelações.
Traído, não se rebelara.
Preso, exercera a paciência.
Humilhado, não se entregou a revides.
Esquecido, não se confiou à revolta.
Escarnecido, desculpara.
Açoitado, olvidou a ofensa.
Injustiçado, não se defendeu.
Sentenciado ao martírio, soube perdoar.
Crucificado, voltaria à convivência dos mesmos discípulos e beneficiários que o haviam abandonado, para soerguer-lhes a esperança.
Mas, exibindo-o, diante do povo, Pilatos não afirma: - Eis o condenado, eis a vítima!
Diz simplesmente: - "Eis o Homem!".
Aparentemente vencido, o Mestre surgia em plena grandeza espiritual, revelando o mais alto padrão de dignidade humana.
Rememorando, pois, semelhante passagem, recordemos que somente nas linhas morais do Cristo é que atingiremos a Humanidade Real.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Fonte Viva. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Capítulo Cento e Vinte e Sete. Federação Espírita Brasileira.
* * * Estude Kardec * * *