Estudando a Felicidade
Observa o que desejas e o que fazes, a fim de que ajuízes, com
segurança, sobre a felicidade que procuras.
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Certifiquemo-nos de que a alegria possui igualmente diversos
níveis e de que nos compete, acima de tudo, cultivar a devoção aos valores
amplos e substanciais que possam sobreviver conosco na Vida Maior.
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No mundo, a felicidade varia com a posição das criaturas e se
buscamos o Cristo por nosso mestre é indispensável saibamos conquistar o nosso
estímulo de viver no clima do Sumo Bem.
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Há pessoas que se contentam com o exclusivo reconforto de comer,
dormir e procriar, guardando assim tão somente a felicidade que os seres mais
simples cultuam nas linhas inferiores da natureza.
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Vemos espíritos atilados no cálculo que apenas se comprazem,
amontoando ouro ou utilidades, com desvantagem para os semelhantes,
estabelecendo, desse modo, para si mesmos a felicidade dos loucos.
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Anotamos companheiros da Humanidade que somente se rejubilam com a
exibição de títulos suntuários, na ordem social ou econômica, cristalizando-se
na vaidade ou no orgulho que lhes facilitam a espetacular descida para a morte,
forjando, dessa maneira, em prejuízo deles próprios, a felicidade dos tolos.
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Identificamos irmãos que apenas se honram na crueldade, sorrindo
com o alheio infortúnio e alardeando compaixão que não sentem, construindo para
si mesmos a felicidade dos que se instalam no purgatório da própria
consciência.
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A felicidade cristã, no entanto, é diferente. Nasce da alegria que
venhamos a semear para os outros, desenvolve-se no bem infatigável, frondeja no
espírito de serviço, floresce na esperança e frutifica no sacrifício daquele que
se oferece para a materialização da felicidade geral.
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Não te demores no prazer que hoje te suscita gargalhadas para
cerrar-se amanhã em amargosa penitência.
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Procuremos a felicidade de Jesus, que ainda não está completamente
neste mundo, para que este mundo se levante para a felicidade perfeita.
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Para isso, não desdenhes a tua cruz, porque somente através do
desempenho de nossas obrigações na prática do bem é que encontraremos a nossa
verdadeira vitória.
XAVIER, Francisco Cândido. Dinheiro. Pelo Espírito Emmanuel. IDE. Capítulo 9. |
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