DIANTE DA
TEMPESTADE
Diz-nos a mensagem de Allan Kardec que
os espíritos são trabalhadores chamados à renovação da vida terrestre diante da
tempestade...
Tempestade moral que, carreando as
nuvens das revoluções libertárias do pensamento, no século que passou, hoje
vertem sobre a nossa cabeça aflições e problemas que angustiam a existência da
civilização e dos povos...
*
Em razão disso, a nossa orientação jaz
definida, conclamando-nos ao trabalho, de vez que numa casa vergastada pela
tormenta, não se improvisará discussão estéril, mas sim o verbo sadio que
reconforte e restaure; não se erguerão martelos da destruição, mas sim os braços
da fraternidade e do auxílio; não se derramará o veneno da crítica, mas sim o
bálsamo da esperança; e, ao invés de fazer-se treva, com as sombras acumuladas
da lamentação e da discórdia, inflamar-se-á sobre todos a luz da união e do
entendimento para que se conjugue o verbo reconstruir.
*
Avancemos, pois, à frente,
respeitando-nos uns aos outros, estendendo, onde formos, a claridade do bem,
seja plantando sempre a palavra do amor e plasmando no exemplo a nossa própria
fé, porque, em verdade, todos fomos assim, chamados para servir sem tréguas, na
comunhão do Cristo, o Mestre da Verdade e Excelso
Servidor.
(De
“Luz e Vida”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito
Emmanuel)