Conforto
"Se alguém
me serve, siga-me." - Jesus. (JOÃO, capítulo 12, versículo
26.)
Freqüentemente, as organizações religiosas e mormente as
espiritistas, na atualidade, estão repletas de pessoas ansiosas por um
conforto.
De fato, a
elevada Doutrina dos Espíritos é a divina expressão do Consolador Prometido. Em
suas atividades resplendem caminhos novos para o pensamento humano, cheios de
profundas consolações para os dias mais
duros.
No entanto,
é imprescindível ponderar que não será justo querer alguém confortar-se, sem se
dar ao trabalho necessário...
Muitos
pedem amparo aos mensageiros do plano invisível; mas como recebê-lo, se chegaram
ao cúmulo de abandonar-se ao sabor da ventania impetuosa que sopra, de rijo, nos
resvaladouros dos caminhos?
Conforto
espiritual não é como o pão do mundo, que passa, mecanicamente, de mão em mão,
para saciar a fome do corpo, mas, sim, como o Sol, que é o mesmo para todos,
penetrando, porém, somente nos lugares onde não se haja feito um reduto fechado
para as sombras.
Os
discípulos de Jesus podem referir-se às suas necessidades de conforto. Isso é
natural. Todavia, antes disso, necessitam saber se estão servindo ao Mestre e
seguindo-o. O Cristo nunca faltou às suas promessas. Seu reino divino se ergue
sobre consolações imortais; mas, para atingi-lo, faz- se necessário seguir-lhe
os passos e ninguém ignora qual foi o caminho de Jesus, nas pedras deste
mundo.
XAVIER,
Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed.
Brasília: FEB, 2009. Capítulo 11.