domingo, 15 de abril de 2012

Conceituação de Felicidade


         CONCEITUAÇÃO DE FELICIDADE
         
            Cobiças a felicidade, e é natural.
            Anelas por uma paz, que produzisse um estado de harmonia espiritual, longe de preocupações e sem contributo de ansiedades.
            Buscas um bem que, em definitivo, de uma só vez, provocasse a superação de todas as incertezas e rudes conflitos do dia – a dia.
            Aguardas uma segurança íntima, feita de júbilos, argamassada com as águas cantantes do amor e o cimento forte da fé.
            Esperas fruir o mundo em festa, onde a dor, a sombra e a morte não tenham oportunidade...
            Fazes bem, por assim desejar, por aguardar...
            Não, porém, por te demorares somente à espera que tal ocorra.
È imprescindível mudar os fatores predisponentes e atuantes deste mundo onde evoluímos – nossa Terra – mãe, berço e apoio da jornada -, a fim   de que, com ela, galguemos um mais alto degrau na escala            da evolução.
            Toda conceituação de felicidade que extrapole a ambição pessoal egoísta é válida e abre ensejo à sua realização no mundo das formas.
            Esta felicidade, porém, risonha e tranqüila, ainda não é deste mundo.
            Aqui poderá começar, pelo que faças, como realizes, por cuja dedicação te sacrifiques, a fim de gozá-la depois.
Planeta de expiações redentoras e de provas que avaliam as conquistas é hoje o que se tem dele feito.
            Jardim ou deserto, pomar de bênçãos ou solo agreste é, antes de tudo, nossa escola de crescimento, que nos cumpre respeitar e auxiliar, trabalhando a terra dos corações, a fim de que as sementes do puro amor possam geminar, desatando vida, e vida em abundância.
            Não desanimes, porque ainda não lograste o paraíso.
            Vai ao seu encontro, mudando os seus doridos panoramas e trabalhando o país da tua vida interior, a fim de que te enriqueças com a luz da esperança e a inundes de conquistas valiosas.
            “Meu reino não é deste mundo” – disse Jesus.
            Todavia, ensinou-nos com o sacrifício pessoal a sairmos deste, na direção daquele onde a felicidade já é uma realidade ditosa.
  
FRANCO, Divaldo Pereira. Oferenda. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador, BA: LEAL,. 1999. p. 135.