Caridade, Doce Irmã
- Por que choras, meu anjinho,
esfarrapado e sozinho, vagando de déu em déu?
- Choro de dor e saudade,
Pois sou filho da orfandade... Minha mãe foi para o Céu.
- Que tens?
- Sinto frio e fome, A angústia que me consome Parece nunca ter fim... A Ventura me escorraça, O Orgulho olha-me e passa Sem compaixão para mim!
Minha mãe já não existe
E, desde o momento triste Em que o Senhor ma levou, Não tenho a mão de um amigo; Pequeno e pobre mendigo - Eis agora o que hoje sou.
- Vem comigo!
- Oh! Quem me dera!... - Vem! Terás a primavera De doce e eterna manhã!... - Teu nome? Sonho ou verdade? - Eu me chamo Caridade. - Quem és tu? - Sou tua irmã.
XAVIER, Francisco Cândido. Jardim de Infância. Pelo Espírito
João de Deus. FEB. Capítulo 14.
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