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19 Apr 2012 05:27 AM PDT
A
pessoa-problema que renteia contigo, no processo evolutivo, não te é
desconhecida... O filhinho-dificuldade que te exige doação integral, não se
encontra ao teu lado pela primeira vez. O ancião-renitente que te parece um
pesadelo contínuo, exaurindo-te as forças, não é encontro fortuito na tua
marcha... O familiar de qualquer vinculação que te constitui provação, não é
resultado do acaso que te leva a desfrutar da convivência dolorosa. Todos eles
provêm do teu passado espiritual. Eles caíram, sim, e ainda se ressentem do
tombo moral, estando, hoje, a resgatar injunção penosa. Mas tu também. Quando
alguém cai, sempre há fatores preponderantes e outros predisponentes, que
induzem e levam ao abismo. Normalmente, oculto, o causador do infortúnio
permanece desconhecido do mundo. Não, porém, da consciência, nem das Soberanas
Leis. Renascem em circunstâncias e tempos diferentes, todavia, volvem a
encontrar-se, seja na consanguinidade, através da parentela corporal, ou
mediante a espiritual, na grande família humana, tornando o caminho das
reparações e compensações indispensáveis. Não te rebeles contra o impositivo da
dor, seja como se te apresente. Aqui, é o companheiro que se transforma em
áspero adversário; ali, é o filhinho rebelde, ora portador de enfermidade
desgastante; acolá, é o familiar vitimado pela arteriosclerose tormentosa; mais
adiante, é alguém dominado pela loucura, e que chegam à economia da tua vida
depauperando os teus cofres de recursos múltiplos. Surgem momentos em que
desejas que eles partam da Terra, a fim de que repouses... Horas soam em que um
sentimentos de surda animosidade contra eles te cicia o anelo de ver-te
libertado... Ledo engano! Só há liberdade real, quando se resgata o débito.
Distância física não constitui impedimento psíquico. Ausência material não
expressa impossibilidade de intercâmbio. O Espírito é a vida, e enquanto o amor
não lene as dores e não lima as arestas das dificuldades, o problema prossegue
inalterado. Arrima-te ao amor e sofre com paciência. Suporta a alma-problema que
se junge a ti e não depereças nos ideais de amparar e prosseguir. Ama,
socorrendo. Dia nascerá, luminoso, em que, superadas as sombras que impedem a
clara visão da vida, compreenderás a grandeza do teu gesto e a felicidade da tua
afeição a todos. O problema toma a dimensão que lhe proporcionas. Mas o amor,
que “cobre a multidão dos pecados” voltado para o bem, resolve todos os
problemas e dificuldades, fazendo que vibre, duradoura, a paz por que te
afadigas. (Joanna de Angelis / Divaldo Franco)